domingo, 22 de julho de 2012

Regime Sírio parece estar vencendo revolta em Damasco - diz Voz da Rússia


A Rússia e a China bloquearam o projeto ocidental de resolução do Conselho de Segurança da ONU para a Síria, que previa a introdução de sanções rígidas em relação às autoridades em Damasco, se estas não cumprirem uma série de exigências.

O representante permanente da Rússia na ONU, Vitali Churkin, explicou a posição de Moscou: "O projeto distinguia-se por ser extremamente unilateral. As ameaças de pressão e sanções eram dirigidas exclusivamente ao governo da Síria. Isto não reflete a realidade da atual situação no país."

A realidade é tal que não é necessário conter o governo da Síria e sim a oposição irreconciliável. 
Seus destacamentos anunciaram abertamente o início da realização do plano Vulcão em Damasco – terremoto na Síria. No âmbito do qual os rebeldes – segundo eles próprios, lançaram à capital do país 30 mil combatentes.

É verdade que muitos observadores consideram que o número é exagerado em dezenas de vezes e trata-se de operação propagandística. O orientalista russo Leonid Issaev considera:

"Por enquanto os rebeldes sírios não conseguiram estabelecer controle prolongado sobre nenhuma cidade. Se conseguirem o planejado e Damasco cair, então, naturalmente, a situação mudará imediatamente. Entretanto, em essência, a atual ofensiva é um gesto de desespero. O exército da Síria, como antes, é forte e as forças dos rebeldes não aumentam de modo algum. O ocidente, com exceção de dinheiro e armas, por enquanto não quer ajudar. Pelo menos enquanto a posição da Rússia permanecer rígida. No entanto a oposição síria está recebendo muito dinheiro. Os patrocinadores de oposicionistas já começam a duvidar, valerá a pena financiar generosamente este projeto? E na própria Síria as forças dos rebeldes começam a se esgotar. Por isso o chamado assalto de Damasco é um espetáculo com a finalidade de restabelecer o financiamento da oposição irreconciliável."

Muito dinheiro vai para o projeto sírio, entretanto não há resultados por enquanto. O regime em Damasco, como antes, contém o golpe e permanece perfeitamente sólido. Como resultado a oposição irreconciliável, para manter seu renome aos olhos dos patrocinadores, começa a promover espetáculos. Isto se refere também ao chamadoassalto de Damasco, considera o analista militar sírio Mukhammed Issa:

"Agora em Damasco estão pequenos grupos armados, evidentemente sob controle da Arábia Saudita. Eles realizam ataques e abrem fogo. Mas assim que as forças de segurança chegam ao local, os rebeldes imediatamente desaparecem e algum tempo depois, aqueles que sobreviveram realizam um ataque em outro bairro. Há muito barulho, mas não há qualquer resultado prático para os rebeldes. Mas, para um observador de fora pode parecer que em Damasco ocorre uma verdadeira guerra."

Agora é complexo avaliar a verdadeira envergadura das operações dos rebeldes sírios. E ainda assim têm-se a impressão de que o roteiro chega ao final. E a questão do vencedor será resolvida em breve.


 Israel em relação à guerra na Síria

Israel colocou forças militares e policiais adicionais na fronteira com a Síria, nos Montes Golã. Se estão cumprindo os receios dos últimos meses: cada vez mais refugiados vindos da Síria se concentram na fronteira com Israel. Essa situação foi comentada à Voz da Rússia pelo ensaista e ativista social Avigdor Eskin.

A morte de quatro colaboradores próximos do presidente Assad indica que a revolta atingiu o seu círculo mais próximo. Como se sabe, em resultado da explosão morreram o ministro da Defesa da Síria, general Daud Rajha, e o seu vice-ministro e cunhado do presidente sírio, Asef Shaukat.

Na mídia israelita aparecem cada vez mais análises referindo que a queda do regime de Assad na Síria é apenas uma questão de tempo. Na esmagadora maioria dos casos isso é dito com pesar. Paradoxalmente, Israel gostaria atualmente que Assad permanecesse muitos anos no posto de presidente. O caos que se aproxima preocupa os líderes do país.

Uma preocupação especial é provocada em Israel pelo extremar das posições confessionais que se verifica na Síria. Hoje, este país é governado pelas minorias: alauitas, drusos e cristãos. Os revoltosos pretendem falar em nome da maioria sunita, que constitui setenta por cento da população. Em caso de queda do regime de Assad se deve esperar a agudização dos conflitos de base religiosa por todo o Oriente Médio.

Os serviços especiais israelitas estão a desenvolver neste momento esforços suplementares para não permitir o alastramento do conflito inter-confessional ao seu território. Não estão  esquecidas as guerras entre cristãos e muçulmanos do Líbano nos anos setenta. Centenas de milhares de pessoas morreram por causa do ódio religioso.

Nós ainda não temos plena consciência das terríveis consequências que podem advir da continuação da desestabilização de um governo estável na Síria. Parece que os norte-americanos não aprenderam nada com os exemplos dos seus próprios fiascos. Foram eles que pressionaram o xá da Pérsia a abdicar e, dessa forma, abriram caminho a Khomeini e a Ahmadinejad. Foram eles que levaram os talibãs a tomar o poder no Afeganistão. E serão eles os responsáveis pelo banho de sangue que paira sobre a Síria em caso de vitória dos rebeldes.

Eles deveriam aprender com os seus erros e os outros não deveriam seguir os seus exemplos.

1 comentários:

  1. e assad a quase dois anos estava com os dias contados segundos esses papudos,o homem continua la e se nao fosse a interferencia a paz ja teria voltado a siria

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