Daniel - As Setenta Semanas de Daniel

Daniel (Danyel) significa“Deus é meu juiz” ou como seria de forma correta “Elohim é meu juiz” ou “Elohim é minha justiça”. (Elohim significa “minha divindade”, ou “deus meu”, o que se associa com as palavras que Jesus disse na cruz: "Elohim Elohim lama sabactani" que é o Salmo 22 )


Danyel viveu aproximadamente 72 anos, e grande parte de sua vida viveu na mesopotâmia, pois sendo judeu foi levado cativo quando o rei Nabucodonosor sitiou Jerusalém e posteriormente a devastou deixando uma pequena leva de judeus


Lendo o Livro de Danyel você perceberá que não é um livro feito por um cronista, ou seja, não pretende relatar os acontecimentos, mas sim, um livro especialmente sobre suas profecias como o livro de Apocalipse

Para entendê-lo, é preciso lê-lo por completo e ter algum conhecimento sobre história, pois ele conta exatamente sobre os impérios que iriam ascender no Oriente Médio, mas principalmente prediz acontecimentos sobre os nossos dias. Para compreender o livro, vamos estudar ele em partes para que se torne simples


As Setentas Semanas


No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,

No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos.

E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza.

E orei ao SENHOR meu Deus, e confessei, e disse: Ah! Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos;

Pecamos, e cometemos iniqüidades, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos;

E não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, como também a todo o povo da terra.

A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós a confusão de rosto, como hoje se vê; aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, e a todo o Israel, aos de perto e aos de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas rebeliões que cometeram contra ti.

O Senhor, a nós pertence a confusão de rosto, aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, porque pecamos contra ti.

Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a misericórdia, e o perdão; pois nos rebelamos contra ele,
E não obedecemos à voz do SENHOR, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu por intermédio de seus servos, os profetas.

Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se para não obedecer à tua voz; por isso a maldição e o juramento, que estão escritos na lei de Moisés, servo de Deus, se derramaram sobre nós; porque pecamos contra ele.

E ele confirmou a sua palavra, que falou contra nós, e contra os nossos juízes que nos julgavam, trazendo sobre nós um grande mal; porquanto debaixo de todo o céu nunca se fez como se tem feito em Jerusalém.

Como está escrito na lei de Moisés, todo este mal nos sobreveio; apesar disso, não suplicamos à face do SENHOR nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniqüidades, e para nos aplicarmos à tua verdade.

Por isso o SENHOR vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós; porque justo é o SENHOR, nosso Deus, em todas as suas obras, que fez, pois não obedecemos à sua voz.

Agora, pois, ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o teu povo da terra do Egito com mão poderosa, e ganhaste para ti nome, como hoje se vê; temos pecado, temos procedido impiamente.

O Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte; porque por causa dos nossos pecados, e por causa das iniquidades de nossos pais, tornou-se Jerusalém e o teu povo um opróbrio para todos os que estão em redor de nós.

Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo, e as suas súplicas, e sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o teu rosto, por amor do Senhor.

Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos, e ouve; abre os teus olhos, e olha para a nossa desolação, e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias.

O Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age sem tardar; por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome.

Estando eu ainda falando e orando, e confessando o meu pecado, e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do SENHOR, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus,

Estando eu, digo, ainda falando na oração, o homem Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio, voando rapidamente, e tocou-me, à hora do sacrifício da tarde.

Ele me instruiu, e falou comigo, dizendo: Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido.
No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a palavra, e entende a visão.

Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.

Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.

E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.

E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.
-Daniel 9:1-27 [3]


Antes de refletir sobre as setenta semanas, é preciso entender o que é uma semana. As semanas sendo tratadas aqui não são semanas de dias, mas de anos. Os judeus tinham o mandato da Lei de Moisés de durante seis anos semear a terra e durante o sétimo ano descansar a terra de qualquer plantio (levítico 25), isto é uma semana de anos

Estas semanas, servem para designar o tempo para Israel ser purificado no sentido espiritual, ou seja, o povo de Daniel (o povo judeu), se tornar um povo limpo espiritualmente, como o próprio texto fala. No total as 70 semanas são calculadas em 490 anos (70 x 7), e são separadas em três partes importantes:


Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.


Sete Semanas  – O texto é claro, a partir da saída da ordem para a reconstrução de Jerusalém, as setenta semanas entram em vigor. Não sabemos com certeza o ano em que esta ordem saiu, da mesma forma como não sabemos ao certo o ano da morte do Messias, sabemos no entanto que o rei Artaxerxes, no 20° ano do seu reinado, decretou a ordem para a reconstrução de Jerusalém, conforme descrito no livro de Neemias (2.1-9) [2]


E durante 49 anos (sete semanas) a cidade foi reconstruída, conforme descrito no livro de Neemias


Sessenta e duas semanas  – Após a reconstrução restava ainda 434 anos (sessenta e duas semanas) para a vinda e morte do Messias, durante este período o Império Persa foi conquistado por Alexandre, que após sua morte, teve seu império dividido por seus quatro generais, dos quais o império Selêucida e Ptolomaico lutaram em Israel, levando a revolta dos macabeus (fato também predito exatamente no Livro de Daniel capítulo 11), e enfim a ascensão do Império Romano


A 70° semana predita por Daniel


E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.


Entre o final da 69a e o início da 70a semana está havendo um período de tempo indeterminado durante o qual o Messias foi cortado fora (rejeitado e crucificado), Jerusalém foi destruída pelos exércitos Romanos (no ano 70 d.C.), e estão havendo e haverá desolações até o final de tudo. A palavra hebraica traduzida como “desolação" também é traduzida como “destruição" (Oséias 2:12). Refere-se ao fato que Jerusalém tem sido repetidamente destruída e invadida [e sua população morta ou expulsa] durante todo o período em que estamos, entre o fim da 69a e o início da 70a semana. Não visto por Daniel está o interlúdio da época das igrejas, durante o qual o Messias foi ressuscitado e ascendeu de volta ao Céu para supervisionar o chamamento, de entre as nações, de um povo para Seu nome (Luc 19:11 - 27; Atos 15:14 - 18) [1]



Entendemos então que a partir do momento em que o povo judeu rejeitou o Messias dizendo: “que seu sangue caia sobre nós, e nossos filhos !” (Mt 27.24-27), o Messias foi “cortado fora” e então o “relógio’ das semanas “parou”, por assim dizer, o povo judeu está sofrendo as consequências de rejeitar o próprio Criador !

A última semana de Daniel, também descrita como A Grande Tribulação ou Apocalipse, é este período de sete anos, marcado por grande destruição, guerras, pragas, mortes, pobreza, a reconstrução do templo de Jerusalém e o aparecimento do “Príncipe do povo que há de vir”, ou seja, o Falso Messias

E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador. 

Os utensílios para o Terceiro Templo, já estão preparados e à mostra no Instituto do Templo
em Israel
A septuagésima semana de Daniel, começará exatamente no momento em que o Falso Messias, aqui retratado como o “Príncipe do povo que há de vir”, estabelecer uma aliança com Israel. Neste tempo ele reconstruirá o Templo em Jerusalém, e na metade dos sete anos (3,5 anos) ele quebrará o pacto e colocará a adoração a ele próprio no templo e se proclamará um deus, os judeus não o aceitarão, daí um novo holocausto judeu começará (Daniel  11.35-45)

Também sabemos que antes e durante a última semana, haverá um tempo de muita enganação e a Igreja (digo a Igreja do planeta todo) entrará em apostasia, e então virá o Falso Messias, à quem Jesus (ou Yeshua à quem prefere Clique aqui para saber maisdestruirá com a espada de sua boca:

Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele,

Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.

Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,

O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.

Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?

E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.

Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado;

E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;

A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira,

E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.  -2 Tessalonicenses 2:1-10[3]

Mas como o apóstolo Paulo sabia, que o nosso Rei destruirá o Falso Messia com o sopro de sua boca ? Porque sendo judeu ele leu as escrituras, e no livro de Isaías encontramos à respeito disso:

Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.

E repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.

E deleitar-se-á no temor do SENHOR; e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos.

Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com eqüidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara (traduzido em outra forma:espada) de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio,  -Isaías 11:1-4 [3]

Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;

Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;   -1 Timóteo 4:1-2 [3]

A Carta de Apocalipse à igreja de Laodicéia, que corresponde a nossa Igreja (Estudo Aqui) também mostra explicitamente a apostasia e cegueira retratando-a com uma fé morna:

E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!

Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.

Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;

Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.

Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.

Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.    -Apocalipse 3:14-21 [3]

O próprio Messias falou sobre a última semana, a chamada “Grande Tribulação” ou o “Dia da ira do Senhor”:

Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão.

E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.

E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.

Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.

E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.

Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda;

Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes;

E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa;

E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes.

Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!

E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado;

Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver.

E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.

Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito;

Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.

Eis que eu vo-lo tenho predito.   -Mateus 24:10-25 [3]

E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;

E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.

E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.

E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;

E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;

Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?   -Apocalipse 6:12-17 [3]

Conclusão

As setenta semanas nos mostram o que há de ocorrer nos tempos do Falso Messias, retratado como o "príncipe do povo que há de vir", e os últimos sete anos antes da volta do Verdadeiro Messias, fazendo referências também ao Terceiro Templo de Jerusalém e a futura chacina dos judeus

[3] http://www.bibliaonline.com.br/acf

Guerreiros de Yah


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