sexta-feira, 13 de julho de 2012

Notícias sobre a crise síria

As tropas governamentais sírias perseguem os combatentes da oposição que tentam penetrar em território sírio provenientes da Turquia e do Líbano. A oposição acusa as autoridades sírias de violência sobre a população civil da localidade de Tremseh. Estas são as últimas informações vindas da Síria.
Foto: EPA
Novo massacre na Síria

Na quinta-feira, as forças governamentais barraram a passagem de combatentes que pretendiam penetrar no país vindos da Turquia e do Líbano. Estes sofreram perdas significativas e foram obrigadas a recuar.
Entretanto, os combates mais violentos tiveram lugar na localidade de Tremseh, na província rebelde de Hama. Os oposicionistas e defensores de direitos humanos afirmam que a violência provocou mais de 250 mortos.
No entanto, é praticamente impossível confirmar o número de vítimas através de fontes independentes. Segundo os dados dos rebeldes, de início, as tropas governamentais líbias bombardearam a aldeia, depois nela teriam entrado grupos paramilitares pró-governamentais que teriam eliminado todos os que eram contrários à política do presidente Assad. A televisão oficial síria, por outro lado, afirma que os assassinatos de pessoas em Tremseh foram obra de terroristas armados.
As informações sobre armas químicas que os militares do Exército sírio teriam alegadamente retirado dos depósitos são bastante contraditórias. Isto mesmo escreve o jornal americano World Street Journal, citando altos funcionários anónimos americanos.
Estes afirmam que Damasco se pode decidir a utilizar esta arma contra os rebeldes ou contra a população civil. Ao mesmo tempo, há quem diga que Bashar Assad, possivelmente estará apenas tentando esconder tais armas dos inimigos internos e dos serviços secretos ocidentais.
Seja como for, a escalada da crise síria e a repetição do cenário líbio fazem aumentar a probabilidade de as armas químicas proliferarem. Na quinta-feira, Moscou alertou novamente o Ocidente para isso. Tal fato pode perfeitamente acontecer se a missão de observadores for retirada da Síria. O seu mandato termina a 21 de julho e a Rússia é a favor da sua prorrogação, conforme sublinha Irina Zviagelskaya, investigadora do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia.
"Não tenho a certeza que esta missão possa ter uma influência dissuasora mas os observadores podem prestar alguma informação objetiva sobre o que se passa na Síria, ajudar a perceber quem tem a responsabilida de por estas ou aquelas ações. Acontece que, em uma situação de guerra civil, não é possível obter dados objetivos estando fora do país."
Moscou não exclui que os países ocidentais, que insistem no fim da missão de observadores da ONU, possam estar a preparar o terreno para uma repetição do cenário líbio.
A principal discussão sobre este tema deverá ter lugar na próxima semana no Conselho de Segurança. Será discutida a resolução sobre a Síria proposta por uma série de países ocidentais. A Rússia e a China são contra o documento.


Sobre o massacre apontado pela oposição síria:

Governo dá outra versão sobre o massacre.
Foto: EPA

Se alterou a versão oficial sobre massacre na Síria
O porta-voz do comando do exército governamental sírio apresentou, no dia 13 de julho, uma nova versão dos acontecimentos na povoação de Tremseh onde, segundo comunicaram habitantes locais, no dia 12 de julho foram mortas cerca de 200 pessoas.

Damasco assumiu a responsabilidade da operação de Tremseh, mas sublinhou que todos os mortos são terroristas e bandidos e que não há civis entre as vítimas.
A posição oficial na manhã de dia 13 de julho era de que os civis de Tremseh foram mortos por “bandos armados” que irromperam na cidade.

Fonte: http://2012umnovodespertar.blogspot.com.br/2012/07/mais-algumas-noticias-sobre-crise-siria.html




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