domingo, 8 de julho de 2012

Catástrofe na Rússia - Inundação na região de Krasnodar


O número das vítimas mortais pela inundação em Kuban está aumentando. Os socorristas enfrentem dificuldades suplementares causadas pelas chuvas continuas. O presidente russo fica na região, ele controla os processos da liquidação das consequências da catástrofe e investigação das causas dela.

O número de mortos provocados pela inundação na região de Krasnodar, de acordo com os últimos dados, constitue 171 pessoas. Mais de 300 pessoas já pediram a assistência médica. Infelizmente, segundo os representantes do MSE, o número das vítimas irá aumentar. A inundação ocorreu no sábado a noite, era cerca de 3 horas de Moscou.

As operações de socorro, em grande escala, só se iniciaram de madrugada. A zona alagada inclui 3 cidades – Gelendjik, Krymsk e Novorossiisk, e 4 aldeias – Divnomorskoe, Nijnebakanskoe, Neberdjaevskoe e Kabardinka, - comunicou a porta-voz da Direcção-geral do MSE da Rússia na região de Krasnodar Iulia Iakovleva:

“No total, a calamidade natural afetou 12 mil e 71 pessoas. A inundação alagou 5185 casas e propriedades com população de 26 mil e 475 pessoas, incluindo 6330 crianças. O número das pessoas evacuadas da zona afetada é 2756, das quais os 126 são crianças. Milhares de pessoas foram abrigados nos 16 postos temporários de socorro, 1756 ficaram em casas dos familiares. Em operações foram envolvidos os helicópteros do Centro Regional do Sul do MSE da Rússia. Está decorrer o processo de reconhecimento dos corpos e processo de investigação. Para prestar o auxílio psicológico á população foi disponibilizado 28 psicólogos”.

A região do Krasnodar foi visitada pelo presidente da Rússia Vladimir Putin. Acompanhado pelo governador da região de Krasnodar Alexander Tkachev e pelo representante plenipotenciário do presidente da Rússia no Distrito Federal do Sul Vladimir Ustinov, o presidente sobrevoou a zona afetada e logo a seguir teve uma reunião com as autoridades locais. Para além do processo da investigação das causas da catástrofe, que está sob o controlo do chefe do Comité da Investigação Alexander Bastrykin, o objectivo principal, segundo o presidente russo, é ajuda atempada à população.

"A todos aqueles que perderam os seus bens, na segunda-feira, dia 9 de julho, serão pagos 10000 rublos como primeira ajuda. Depois, a região vai disponibilizar 50000 rublos às pessoas afetadas para cada membro da família. Do orçamento federal serão pagos 100000 rublos a cada membro da família. Foi acordado, também, que as famílias das vítimas irão receber um milhão de rublos do orçamento federal e mais um milhão de rublos do orçamento regional. Vamos apoiar na reconstrução das habitações e faremos isto às meias com o Governo regional, ou seja, 50% - do orçamento federal e outros 50% - do orçamento regional. E claro, ainda é necessário avaliar, em cooperação com socorristas do MSE, o montante total do prejuízo.

Precisamos da ajuda imediata. Embora, o poder local tentou avisar a população que está-se aproximar uma onda da água vinda das montanhas, o impacto da calamidade foi catastrófico. Uma das cidades mais afectadas foi Krymsk, que, praticamente, ficou varrida da face da terra. As ondas chegaram atingir 7 metros de altura."

A força da água levava tudo pelo caminho, principalmente as construções de um andar e habitações rústicas. Mas, também, foram afetadas casas de pedra. Muitas vítimas não conseguiam se quer sair das suas casas, alguns conseguiram fugir no último momento, adiantou habitante local Olga Golovka:

“A força da água era tanta que nós não podíamos abrir a porta e fomos obrigados saltar pela janela, chagamos à casa dos vizinhos que tem uma cerca alta e ficamos pendurados nela”.

Os que foram apanhados pela tempestade fora das suas casas, iam se salvando da maneira que podiam, - contou a testemunha dos acontecimentos Maxim Morozov:

“A corrente da água levava tudo pela frente. O carro ficou incontrolado a deslizar com capota para baixo e começava se virar. Eu sai pela porta de traz e fiquei agarrado a uma árvore”.

Os trabalhos das equipas de socorro e do Comité da Investigação estão ser condicionadas pelas condições climatéricas. Segundo as previsões das meteorologistas, as chuvas torrenciais que provocaram as inundações não vão parar nos próximos dias, embora vão diminuir a intensidade. O dia 9 de julho foi declarado o dia de luto na Rússia.

Na sequência da inundação na região de Kuban foi instaurado o processo-crime com base no art. morte causada por negligência.

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