terça-feira, 25 de setembro de 2012

Muçulmanos insultados prosseguem nas ações de protesto


protesto muçulmanos islã religião bangladeshA onda de protestos anti-americanos e anti-franceses por parte dos muçulmanos vem ganhando vulto.

O conflito, devido à transmissão via internet do filme americano A Inocência dos Muçulmanos, foi agravado ainda mais pelas caricaturas do profeta Maomé, publicadas pela revista francesa Carlie Hebdo. Em resultado disso, o número das vítimas que tombaram no decurso de ações, destinadas a proteger os sentimentos dos crentes em diversos países, já chega a várias dezenas. No mundo começou uma discussão tempestuosa a respeito daquilo que pode ser considerado ou não liberdade da expressão.

As ações que resultavam frequentemente em devastação de representações diplomáticas e choques com a polícia deram-se em muitos países da Ásia, África, Oriente Médio e Europa. No domingo passado a polícia conseguiu dissipar em Atenas centenas de manifestantes somente com ajuda de gás lacrimogêneo. Em resultado de choques já houve sinistrados e presos. Uma situação semelhante verifica-se na Nigéria e em Bangladesh.

No Paquistão ontem morreram 16 pessoas. O ministro das Ferrovias deste país Gulam Ahmad Bilur propôs cem mil dólares pela cabeça do autor do filme A Inocência dos Muçulmanos. Aliás, o governo paquistanês apressou-se a afastar-se desta declaração ressaltando que esta é posição pessoal do ministro e não do Estado.

É preciso apontar que nestes dias muitos lideres espirituais e laicos dos muçulmanos exortaram os muçulmanos a reagir à situação sem recorrer a violências. Trata-se de uma provocação, cujo objetivo é agravar o conflito entre os representantes de diversas confissões no mundo inteiro. O perito em islã Roman Silantiev afirma que é preciso esclarecer em primeiro lugar, a quem este conflito aproveita.

"Este filme esteve durante vários meses na rede da internet. Ninguém reparava nele, até que um dia vários canais salafitas transmitiram seus fragmentos, fazendo uma poderosa propaganda a este filme anti-ilsâmico. O mesmo ocorreu com as caricaturas dinamarquesas. Ninguém reparava nelas até o momento em que um imame salafita da Dinamarca completou, ele próprio, a série por mais três caricaturas e percorreu com elas vários países muçulmanos. Temos em ambos os casos a provocação propositada do conflito por círculos perfeitamente concretos dentro do islã."

Muita coisa depende da reação das autoridades a semelhantes ações escandalosas e provocadoras, afirma Albert Krganov, primeiro vice-presidente da Direção Espiritual Central dos Muçulmanos da Rússia.

"Os teólogos mais eminentes do islã exortam os crentes a manter a calma. Por outro lado, exortamos os órgãos do poder de diversos Estados a reagir a estes momentos. Pois, se as autoridades não reagem a semelhantes provocações, os oposicionistas levam multidões para as ruas. É preciso impedir semelhantes fenômenos pela raiz."

0 comentários:

Postar um comentário