"OS PAÍSES DA OTAN ESTÃO A LEVAR A
CABO UMA GUERRA DE INFORMAÇÃO CONTRA A SÍRIA E, POR VEZES, ELIMINAM FISICAMENTE
JORNALISTAS SÍRIOS", AFIRMOU À RÁDIO VOZ DA RÚSSIA O JORNALISTA FRANÇÊS E
DIRETOR DO PORTAL DE INFORMAÇÃO INDEPENDENTE REDE VOLTAIRE, THIERRY MEYSSEN.
"Os EUA e a OTAN organizam sistematicamente a destruição da mídia
indesejável. Eles são os piores inimigos da liberdade de expressão. Isso já
aconteceu na Iugoslávia, no Afeganistão, no Iraque e na Líbia", destaca
Meyssan na entrevista.
Nos últimos meses, a CIA criou vários canais televisivos para substituir
os canais nacionais sírios. Foram montadas cenas fictícias, filmadas em
estúdios e que se destinavam a desmoralizar completamente a população do país.
"O embuste foi descoberto e a informação sobre o sucedido circulou em
centenas de sites de internet e na mídia". Como consequência, a empresa de
telecomunicações por satélite MilSat se recusou a desligar o satélite dos
canais sírios e a Liga dos Estados Árabes foi obrigada a se abster de agir em
conjunto com o operador de satélites Arabsat.
Entretanto, o ministro russo das Relações exteriores, Serguei Lavrov
incluiu na agenda de trabalho do grupo de contato para a Síria um ponto sobre o
abandono do recurso à guerra de informação pelas partes em confronto.
A Otan decidiu retaliar e foi enviado um comando contra a estação de
televisão síria, situada a vários quilômetros de Damasco.
Só lá estavam quatro guardas e os comandos, equipados com aparelhos de
visão noturna, introduziram-se no edifício, mataram os guardas e executaram no
local três pivôs dos noticiários.
Depois disso, eles fizeram explodir os edifícios. "Já há 20 anos que
a Otan e os EUA utilizam essa tática. E são as mesmas pessoas que se apresentam
como defensores da liberdade de expressão! O mundo está de pernas para o ar! Os
jornalistas não podem trabalhar! Se um país não tem os meios de autodefesa
adequados, qualquer um de nós está em perigo", denuncia Meyssan.
Durante os primeiros seis meses de 2012, morreram 72 jornalistas no mundo,
assinala o relatório da organização não-governamental Press Emblem Campaign com
sede em Genebra.
Esse número é superior em um terço aos indicadores do ano passado. O
primeiro lugar nessa lista trágica é ocupado pela Síria, onde desde o início do
ano foram mortos 20 jornalistas.
Via: Acorda Portugal BLOG
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